domingo, 19 de outubro de 2014

Taras e Manias #3

Quando começavam as aulas que ficava sempre em pulgas. Material escolar novo!!!! YEAHHHH

Normalmente fazia eu a minha lista. Sabia quantas disciplinas tinha e queria cadernos. Cadernos bonitos para cada uma delas. E Canetas. Montes de canetas de gel e de todas as cores. E os lápis de pintar, e as canetas de feltro.

No final eu só decidia se naquele ano iria usar uma capa com separadores com todas as disciplinas ou cadernos. No final o orçamento não dava para tantos cadernos bonitos por isso ficava com os de capa preta, e depois fazia colagens de bonecos, do Jesse MCartney ou do Tom Welling (as cenas da Bravo que tinha comprado ás escondidas basicamente).

Eram originais e mais ninguém os tinha iguais aos meus. Adorava o início do ano lectivo porque podia ver sempre tanto coisa nova... Tanto material prontinho a estrear.


Á medida que fui crescendo comecei a perder o interesse. Aliás no secundário tinha material novinho só quando o "antigo" terminava. Ou seja, o bloco de folhas do ano anterior iria dar para aquele ano até terminar. E se o caderno com furinhos para as capas de argolas não foi terminado, essas folhas iriam servir para a continuação. Depois disso então é que se investia em material. As canetas foram praticamente sempre as mesmas até entrar na licenciatura.


Mas há uma mania que eu nunca perdi. Nunca consegui livrar me deste vício até hoje.
Sempre que era necessário estudar para um exame, fazer um trabalho mais exigente e que obrigasse a mais estudo, sempre que começava uma nova etapa e precisava de tirar notas, comprava sempre algo novo. Podia ser um caderno de 0,50€. Ou uma caneta azul diferente daquelas que tinha. Mesmo que fosse daquelas que se gastavam depois de só escrever 3 linhas.


Quando repeti a cadeira de Hematologia Clínica comprei um caderno por uns cêntimos. Super baratinho. Era tipo aqueles de capa preta mas com menos folhas e com um capa colorida. Fiz lá todos os apontamentos possíveis e imaginários. Está lá em casa guardado.


Para escrever o artigo de revisão que teria de apresentar ao júri, comprei duas canetas novas. Sei que eram de cores vivas. Já nem sei delas. Mas escreveram o artigo completo.

Quando comecei a trabalhar comprei um cadernito A5 de argolas. Poderia precisar de escrever algo importante. Durante algum tempo foi para isso que serviu. Agora é o cadernito das receitas que vou tirando da internet.

Até ao dia em que comece uma nova aventura. Aí volto a entrar numa papelaria e a descobrir algo novo e baratinho para poder fazer o gosto ao ego...

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