Sou técnica de análises clínicas.
Gosto de tirar sangue aos outros e modéstia á parte tenho bastante jeito para a coisa.
Tenho o "meu procedimento" estudado. Faço (quase) sempre tudo pela mesma ordem: tirar os tubos necessários, preparar agulha, desinfectar as mãos, colocar garrote no paciente, procurar a veia, se necessário voltar a desinfectar as mãos, processar a colheita propriamente dita, mandar carregar em cima do algodão, etc...
Ora na parte de procurar a veia, deve-se palpar o braço do utente, na zona de punção. Por vezes há pessoas onde isso é o mais ocmplicado de fazer pois há veias que mal se sentem, são fininhas ou estão muito profundas. Para evitar picar mais que uma vez a pessoa (principalmente quando a veia não é óbvia), vejo sempre os dois braços. Palpar não dói. Não usa agulhas e as pessoas acabam por relaxar um pouco mais.
Piquei a senhora e tirei sangue á primeira (clap clap clap para mim. obrigada.)
No meio da "admiração" da senhora, que já tinha assimilado que era sempre necessário mais que uma picadela para se tirar sangue, e que nunca tinham andado tanto tempo a "ver lhe" os braços, saiu me um "Pois é, e eu aqui apalpo-a sempre toda não é?". Valeu a senhora estar bem disposta e cair numa gargalhada!
Correu bem!
Podia ter corrido mal, já que era a primeira vez da senhora cá no espaço, e daí a acharem que sou doida varrida é só um passinho...
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