segunda-feira, 30 de março de 2015

Um post sobre um recomeço...

Nada me podia abalar.

Estava responsável por um posto de colheitas. As pessoas gostavam do meu trabalho. As coisas corriam me ás mil maravilhas.

Até que no Natal ele apareceu.
Já o conhecia. Ele poderia ter sido um dos namorados dos anos de "depressão" mas eu não deixei. Não o achava nada de mais. No fundo acho que sabia não estar preparada... Dei lhe com os pés, o rapaz ficou de rastos e aos poucos deixamos de falar.

2 anos depois, já nem tinha o número dele gravado, ele deseja me um feliz natal e eu pergunto quem ele é...

Já não nos largámos mais. Troca de mensagens até as tantas... Chat do facebook sempre em altas.
E ele diz me que gosta de mim.
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Deixei de lhe falar.


O raios partam o moço estava me a fazer tremer as pernas caraças. Eu queria lá saber dessas coisas. Eu estava maravilhosamente bem sozinha. Já tinha dado tantas tampas a engraçadinhos porque raio este agora me haveria de incomodar???
Só pensava: "Tu daqui não levas nada meu menino! Quem manda em mim sou EU!"

Saímos para jantar. Agradava me a companhia. Não havia tempos sem conversa. Falávamos os dois que nem duas gralhas, riamos das mesmas coisas, tínhamos opiniões bastante semelhantes em quase tudo. E também "discutíamos". Pontos de vista diferentes também existiam...

E vocês a pensar "ai a malandra que está apaixonada!". Pois. Só que não.
Eu neguei isso durante meses. A BFF soube antes de mim. Todos saberam antes de mim. Mas eu não queria nada com o rapazito.
Eu inventava desculpas a mim própria para não querer estar com ele. Rejubilando a seguir se ele me convidava para jantar.

E então percebi (talvez influenciada pelos romances da Nora Roberts que tinha andado a ler) que ele era a pessoa. A pessoa com capacidade para me deixar sem chão, mas que nunca o iria fazer propositadamente.
A pessoa que me acrescentaria o que eu não sabia fazer me falta.
A pessoa que poderia fazer me MAIS feliz...
A minha pessoa. Aquela a quem tu prometes amar mesmo quando a odiares (Grey's Anatomy bate forte cá dentro).

Ele foi o meu recomeço.

"Amar é saber que alguém te pode destruir, e confiar que não o vai fazer!"


Se isto ainda pode tudo correr mal? Pode.
Se é perfeito? Não.
Se são só rosas e princesas e mariquices? Não!!!
Se me faz feliz? Sim.
Se quero que dê certo? Mais do que alguma vez quis algo.
Se tenho receio? Claro... Mas agora sei o que valho. E não deixo que ninguém me deixe em segundo plano.
Se é bom? É do melhor que há na vida!!

Não sou mais a tontinha que controla tudo sem controlar nada. Não exijo ser o primeiro pensamento do dia de alguém. (Se o meu primeiro pensamento quando acordo é ir a casa de banho como posso querer que alguém pense em mim antes disso?? :p)

Não o amo menos por isso. Talvez o ame mais. Sei o que valho. E ele também sabe. Tal como sabe o que ele próprio vale. Se há coisa que ele não é, é ser parvo.


Já dizia o poeta. "Antes de sermos dois, é necessário sermos um!"

Ele será sempre o meu recomeço.

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