sábado, 28 de março de 2015

Outro post sobre a auto-estima

Tudo o que descrevi na publicação anterior foi vivido por mim.
Foram anos até conseguir "levantar" do fundo do poço.
Tive outros "namorados" ao longo desse tempo. Mas continuava a procurar o mesmo de sempre... Buscava a minha alegria nos outros.

Como é óbvio nada disso se traduziu em sucesso e acabava sempre pior do que estava.
Um dia apareceu um rapazinho que me conquistou com palavras. Alimentava me o ego.
Mas só isso. O namoro durou pouco mais de 3 meses e ao fim de 2 eu já pedia a mim própria para terminar. Pior que estares carente é estares ao lado de alguém ainda mais carente. Mais velho que tu e sem objetivos de vida. Nada. Zero. Niente.

Acho que esse foi realmente o ponto de viragem. Vi nele aquilo que eu era. Uma paspalhona, feia, sem luz ao fundo do tunel, que não se importava de ser só a dama de companhia.
Era ridículo.
Pela primeira vez na vida irritava me que alguém me fizesse as vontades todas. Não dava luta. Se eu quisesse gelado ele comprava. Se eu quisesse passar horas no centro comercial, ele não só me levava como andava atrás de mim durante horas sem reclamar.
Se eu o mandasse atirar se para o fundo de um poço ele ia.
Credo.

Então eu comecei a perceber. Eu não era (nunca fui) a namorada perfeita. Eu era a burra da namorada que sufocava as pessoas. O pau mandado sem amor próprio que não se importava de a mandarem para o fundo do poço, porque se isso acontecesse ela ia conseguir boiar em estupidez!

Valha me Deus.

E então comecei a valorizar me. Concentrei me em terminar a minha licenciatura. Concentrei me na minha independência financeira e psicológica.

Um mês depois de terminar o curso arranjei trabalho. Na minha área. Perto de casa.
Era verão. O tempo pedia pernoca á mostra e o mês de intervalo tinha me dado o bronze que eu precisava. Senti me finalmente feliz. Valorizada.
Sabia tão bem saber que olhavam para mim na rua. Sabia ainda melhor porque eu sabia que não dependia disso para estar bem.

Caraças, consegui.


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