Uma pessoa sendo gaja, tem de se depilar. Pode ser só durante os meses de verão em que a temperatura pede pernocas ao leu.
Mas gaja que é gaja tem a sua giletezinha de emergência lá em casa, não vá a esteticista estar cheia de trabalho até ás orelhas. Pois eu, como boa gaja que sou, não sou excepção.
O problema é que existem utilizadores masculinos da bela da gilete lá em casa. (Não é preciso dizer que usam as giletes para a barba pois não?) Então a coisa funcionava mais ou menos assim.
Aqui a gaja comprava giletes. Guardava as no quarto, para evitar os ladrõezecos de casa de banho. Depois vinha sempre um (quando não os dois...) a acusar me de roubar as SUAS giletes.
Este era o problema número 1.
O problema número 2, é que sendo gaja, também andamos sempre com o pacotinho dos lenços atrás. Porque há o TPM que nos faz chorar que nem madalenas arrependidas e faz falta algo para limpar a lagrimita, porque o nariz tá sempre ranhosito e faz falta algo que não as fraldas da camisa, porque não há papel higiénico na casa de banho pública e a situação tem de ser limpa!!!
Mas mais uma vez, o gajo mais novo da família tende a achar que tenho uma fábrica de lenços dentro da mala. A pontos de eu já andar sempre com um mínimo de 2 pacotes de lenços porque já adivinhava que a qualquer momento aquele gatuno me ia despejar todo o mundo "carteirístico" em cima de um qualquer sofá para me surripar os ditos lencinhos.
Tudo isto me arreliava. Tudo isto me deixava os cabelinhos em pé. Até ao dia em que descobri: COR-DE-ROSA!!!
Giletes cor de rosa. Lenços cor de rosa. Tudo cor de rosa.
A partir daquele dia, tudo o que é meu que seja passível de ser roubado pelos machos da família, passou a ser cor de rosa. Pessoalmente nada tenho contra o uso de cor de rosa pelos membros masculinos. Não é a cor da camisola que os faz ser menos "homens". Mas na cabecinha deles não é assim que a coisa funciona. E eu, que até sou uma cachopita inteligente, mais não faço, que tirar vantagem disso.
E até já poupo no orçamento! Funciona.
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