terça-feira, 4 de abril de 2017

Ansiedade(s)

Já nem sei porque estou ansiosa.
Do nada o coração dispara e não, não é do "amor".
Deito me e acordo cansada.
Tenho olheiras.
Noite após noite só durmo a comprimidos.
Dia após dia ando apática, cansada, com sono e sem conseguir dormir.

Há roupa para lavar, estender, apanhar, dobrar e passar.
A cozinha está um caos.
Os lençóis mudados continuam à espera de serem lavados.
Trabalho todos os dias.
Não tenho uma folga de 24 horas há 2 semanas e três dias.
Levanto me cedo, mais cedo do que é costume.
Deito me tarde, mais tarde do que é costume e não durmo.

A vida foge me por entre os dedos e eu não consigo apanhá la.
Nem moldá la a meu jeito.
Não aceito que o meu trabalho seja posto em causa.
Não aceito, não posso aceitar, que a família goze com a minha cara.
Estou a exagerar? A fazer tempestade num copo de água? É bem provável.
No fundo sei que é esquecimento deles.

Mas estou cansada. Exausta.
Deito me e acordo cansada.
Ouvir que os meus dois trabalhos não cansam, já me cansa.
Não me desvalorizem. Não me subestimem.
Não façam de mim parva.

Deixem me descansar!

Ou então, são coisas minhas. Fúteis e queixinhas. E eu sou apenas e só fraca. Fraquinha de mais para esta gente toda.